terça-feira, 18 de dezembro de 2012


Na matéria publicada na sexta-feira, dia 23 de novembro de 2012, o jornal “Folha de São Paulo” discuti em sua primeira página sobre a nomeação de Joaquim Benedito Barbosa Gomes à presidente do Supremo Tribunal Federal.
A primeira impressão que o jornal causa ao leitor quando se deparar com essa matéria é de que o novo presidente do STF tem uma ligação muito forte com o PT, uma vez que foi colocado lá por meio da indicação do governo Lula, embora assuma uma postura de que não favorece ao partido por isso. Essa interpretação se deve ao fato da linguagem não verbal, a foto, que é colocada logo de início, onde se pode vê a sua toga presa a cadeira, sendo solta pela presidente do Brasil, Dilma. O que acaba tanto por afirmar a ligação entre ele e o partido PT quanto por ironizar essa tentativa de afastamento de Barbosa com a política, mesmo por que o STF é um órgão político. É mesmo que ele queira se afasta, é impossível que isso aconteça.
 A legenda que aparece logo abaixo: “Na cerimônia de posse, a presidente Dilma solta a toga de Joaquim Barbosa que ficara presa a cadeira...” Evidencia essa postura assumida pelo jornal, pois a foto que ele escolheu para colocar a cima da matéria e que é a primeira coisa que os leitores verão, é a foto de Barbosa com a toga presa a cadeira, sendo o símbolo máximo do poder do Brasil,a presidente, que a solta, logo ele está ligado ao partido, mesmo que assuma uma postura contrária. E faz parte da política, mesmo que queira se afastar. Essa tentativa de afastamento fica evidenciada na frase que aparece como título da matéria: “Barbosa quer STF atento à sociedade e longe da política”.
No decorrer da matéria a postura assumida pelo jornal é reforçada, pois faz questão de dizer que políticos e pessoas ligadas à política assistiram a cerimônia de posse. Além de mostrar o lugar de poder que Barbosa possui agora, pois não é só o presidente do STF, é o primeiro presidente negro a assumir o posto. Isso acaba gerando uma grande expectativa em volta dele, que talvez por isso assuma uma postura tão radical quanto à política, além de defender um judiciário: “sem firulas, sem floreios, sem rapapés”, pois segundo ele, o país tem um grande déficit de justiça.

1.    Qual a diferença entre língua e linguagem? O reconhecimento dessa diferença é significativo para o trabalho com o texto em geral? Explique.

A língua é o meio utilizado para que as pessoas se comuniquem entre si. Para tanto elas precisarão compartilhar o mesmo código linguístico. A materialidade da língua é o que se pode chamar de linguagem, ou seja, a interação do Eu com o Outro, uma vez que para que haja discurso será necessário que mais de um sujeito esteja envolvido no ato de fala, pois a linguagem é algo exclusivamente humano, a forma que ele utiliza para se comunicar e interagir com a sociedade à qual está inserido.

2.    O que é discurso para você?

 Discurso é uma postura ideológica que perpassa tanto o texto oral quanto o escrito, no contexto de interação, levando em conta a relação do Dito com o Não- dito, e todas as vozes que falaram sobre o mesmo assunto, uma vez que ao assumir uma determinada postura não estamos sozinhos, pois muitas outras pessoas também já se colocaram a favor ou contra ela, e o discurso que emitimos, mesmo sem que o sujeito tenha conhecimento, vem embutido com tudo o que essas pessoas disseram.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cartaz da revolução russa de 1917

Delegados soviéticos em Brest-Litovsk



Contexto russo na época em que Bakhtin escreveu

Mikhail Bakhtin completou seus estudos no ano de 1918, quando mudando-se para uma cidade no oeste da Rússia (Nevel). Época em que o país estava vivenciando a Revolução Russa de 1918 (também conhecida como a Terceira Revolução Russa, ou a Revolução de Julho de 1918), em que ocorre o levante contra os bolcheviques pelos grupos de esquerda, incluindo os socialistas revolucionários, os socialistas da esquerda revolucionária, os mencheviques e os anarquistas. Esse levante começou em 6 de Julho de 1918 e foi o marco inicial da retomada da guerra com a Alemanha. Foi o início de uma série de levantes de esquerda contra os bolcheviques, que teve lugar durante a Guerra Civil Russa, continuando até 1922.
A revolução estourou durante o Quinto Congresso dos Soviets de Toda Rússia, em que os discursos anti-bolcheviques dos socialistas-revolucionários e anarquistas não receberam o apoio necessário da maioria dos delegados.
Derrotados no congresso, os socialistas-revolucionários decidiram, então, sabotar o Tratado de Brest-Litovsk arrastando a Rússia Soviética a uma guerra contra a Alemanha. Para  isso assassinaram o embaixador alemão em Moscou, o conde Wilhelm Von Mirbach, no dia 6 de julho de 1918.
Em resposta, a isso os bolcheviques cada vez mais abandonaram as tentativas de atrair esses grupos para participar do governo e os reprimiram através da força.



Tratado de Brest-Litovsk


Tratado de paz assinado entre o governo bolchevique russo e as potências centrais (Império Alemão, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Império Otomano) no dia 3 de março de 1918, em Brest (antigamente Brest-Litovski), na atual Bielorrúsia, em que foi reconhecida a saída russa da Primeira Guerra Mundial, principal objetivo da Revolução Russa de 1917, e uma das prioridades do recém-criado governo bolchevique. A guerra tornara-se impopular entre o povo, por causa das imensas perdas (cerca de quatro milhões de mortos). Entretanto, os termos do Tratado de Brest-Litovski eram humilhantes para a Rússia que foi obrigada a abrir mão do controle sobre a Finlândia, Países Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Polônia, Bielorrúsia e Ucrânia, bem como dos distritos turcos de Ardaham e Kars, e do distrito georgiano de Batumi, antes sob seu domínio, para a Alemanha. Estes territórios continham um terço da população da Rússia, metade de sua indústria e nove décimos de suas minas de carvão.
Entretanto,  a derrota alemã na guerra permitiu que a Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia se tornassem Estados verdadeiramente independentes. Já a Bielorrússia e a Ucrânia se envolveram na Revolução Russa.






Nascimento e Morte

Mikhail Bakhtin- 17 de novembro de 1895 ( Oryol, império russo)
Morreu- 7 de março de 1975, aos 79 anos em Moscou na Rússia


O primeiro círculo bakhtiniano 

Mikhail Bakhtin completou seus estudos em 1918 e mudou-se para uma pequena cidade no oeste da Rússia, Nevel (Pskov), onde trabalhou como professor por dois anos. Foi nessa época que o primeiro "Círculo de Bakhtin" foi formado. O grupo era composto por intelectuais com interesses variados, mas todos compartilhavam um amor pela discussão de temas literários, religiosos e políticos. Fazia parte desse grupo: Valentin Voloshinov e, eventualmente, PN Medved, que se juntou ao grupo mais tarde, em  Vitebsk. 


Livros Publicados

Para um filosofia do ato responsável ;
Problemas da poética de Dostoievski: polifonia e unfinalizability 
Rabelais e seu mundo: o carnaval e grotesco;
A Dialogic Imagination: cronotopo, heteroglossia;
Gêneros do discurso e Outros Ensaios tardias.




BAKHTIN E VOLOSHINOV

Mikhail Bakhtin

Mikhail Bakhtin

Mikhail Bakhtin

Círculo Bakhtiniano

Valentin Voloshinov